sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rotarianos presenciam o caos no Haiti

Por Ryan Hyland
Notícias do Rotary International
20 de janeiro de 2010

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FOTOS: Haitianos em Porto Príncipe minutos após o terremoto. Acima: A equipe de rotarianos volta para casa em Houston, EUA, quatro dias após o incidente. Foto cedida por Michelle Bohreer Como presidente do Rotary Club de Houston, o sonho de Michelle Bohreer era viajar ao Haiti para conduzir um projeto humanitário visando melhorar as condições de vida das crianças naquele país.

No dia 12 de janeiro, 45 minutos após chegar a Porto Príncipe para uma estadia de uma semana, o sonho rapidamente se transformou em pesadelo.

Bohreer e uma equipe de cinco rotarianos de Houston tinham ido à capital do Haiti para implementar um projeto hídrico em um orfanato, quando um terremoto devastador atingiu a região, deixando vítimas por toda parte.

"Minutos após o terremoto, milhares de pessoas inundaram as ruas correndo e gritando. Centenas estavam feridas", conta Bohreer. "Naquele momento me dei conta da amplitude e do horror da catástrofe."

O terremoto, o pior que a região já sofreu em mais de 200 anos, destruiu grande parte da capital, matando mais de 200.000 pessoas e deixando milhões de feridos. Uma grande operação de resgate internacional está a caminho, para levar comida, água e remédios.

"Nunca me esquecerei do que vi e ouvi", disse a integrante da equipe Vicki Brentin, ex-presidente do clube de Houston. "Segurava firme nas mãos de crianças assustadas e feridas, e via o desespero nos olhos de seus pais, implorando por ajuda. Isto é algo de que me lembrarei para sempre."

Sem poder deixar o país, os membros da equipe passaram quatro dias em Porto Príncipe ajudando como podiam. Encontraram um hospital que havia desmoronado e ao vasculharem os escombros, encontraram aintibióticos e analgésicos para distribuir entre os feridos.

"Os ferimentos eram graves demais para os remédios disponíveis, mas qualquer tipo de cuidado recebido lhes dava esperança. E nos dava esperança", acrescentou Bohreer. "Nunca me orgulhei tanto de ser rotariana."

No dia 15 de janeiro, ela e sua equipe embarcaram num voo para a República Dominicana e, de lá, voltaram a Houston, onde chegaram sãos e salvos no dia seguinte.

Bohreer disse que seu clube voltará para ajudar a reconstruir o país.

"Nós, representando o Rotary, temos a obrigação de cuidar de pessoas que estejam sofrendo tanto nestas condições," adicionou.

De segurança à catástrofe
Um dia depois do terremoto, Caleb Lucien, associado do Rotary Club de Pignon, e nove outros haitianos viajaram 135 quilômetros, de Pigon a Porto Príncipe, para fazer um levantamento dos danos e ajudar as vítimas.

"A cidade está completamente destruída", diz Lucien, coordenador do Grupo de Apoio a Saúde e Combate à Fome para o Distrito 7020 no Caribe. "Passamos por centenas e centenas de cadáveres, a quantidade de vítimas é impressionante."

Lucien gastou US$3.500 do seu próprio dinheiro para comprar água e comida para distribuir às vítimas. Ele também procurou por rotarianos que sabia que moravam em áreas afetadas e ajudou na evacuação de mais de 120 feridos para Pignon.

"Não tinhamos tempo para pensar no estrago, era hora de agir", conta ele. "Sinto pelas perdas, mas tinha que seguir em frente e me concentrar em mobilizar rotarianos para ajudar."

Ele está trabalhando para levar socorro às regiões afetadas em parceria com a Força Tarefa Haiti do Distrito 7020, formada há dois anos para fornecer ajuda financeira àquele país.

"A necessidade imediata nos próximos meses é abrigo, alimentos e água potável", explica Lucien. "A longo prazo, espero ver os rotarianos ajudando na reconstrução de escolas, hospitais e igrejas."


Fonte: www.rotary.org

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